Laryngeal sensitivity evaluation and dysphagia: Hospital Sírio-Libanês experience

CONTEXTO: A sensibilidade da laringe é importante para coordenar a deglutição e prevenir a aspiração. OBJETIVO: Revisar os mecanismos fisiológicos de coordenação da deglutição e reportar a experiência do Hospital Sírio Libanês com a avaliação da sensibilidade da laringe nos pacientes com disfagia. TIPO DE ESTUDO: Prospectivo. LOCAL: Instituição privada (Departamento de Endoscopia do Hospital Sírio Libanês, São Paulo, Brasil), pacientes ambulatoriais. MATERIAL E MÉTODOS: Os dados clínicos, os achados endoscópicos na laringe e a sensibilidade da laringe avaliada pelo protocolo FEESST (Flexible Endoscopic Evaluation of Swallowing with Sensory Testing) utilizando o sistema Pentax AP4000 foram analizados prospectivamente. Diferenças foram comparadas pelo teste de t de Student ou pelo teste do chi-quadrado, sendo consideradas significantes diferenças com o p < ou = 0,05. RESULTADOS: 111 pacientes foram incluídos no estudo. Houve uma associação direta entre hiperplasia e hiperemia da região da comissura posterior com historia de globus histérico (p = 0,01) e regurgitação (p = 0,04); associação direta entre hiperemia da região da comissura posterior com sialorréia (p = 0,03) e associação inversa com xerostomia (p = 0,03); e associação direta entre déficit grave da sensibilidade da laringe e radioterapia prévia na cabeça e pescoço (p = 0,001). DISCUSSAO: Estes dados enfatizam a associação entre refluxo gastroesofágico proximal e a laringite posterior crônica; e sugerem que a radioterapia tem como um efeito colateral a redução da sensibilidade da laringe. CONCLUSÕES: Mesmo considerando que estes resultados são preliminares, o aspecto laringoscópico da laringe é importante para o diagnóstico do refluxo gastroesofágico proximal e o estudo da sensibilidade da laringe pode aumentar nosso conhecimento e melhorar o manejo clínico da disfagia.

Cefaléia na infância e adolescência / Headach in children and adolescents

Os autores destacam a importância da cefaléia na infância e adolescência, citando suas causas mais freqüentes. Detêm-se, particularmente, na análise das diversas formas da sinusite e enxaqueca, que säo responsáveis pela maioria dos casos de dor de cabeça em Pediatria, atualizando a conduta diagnóstica e terapêutica, em face dessas patologias

Avaliaçäo da eficácia e tolerabilidade da associaçäo trimetoprima-sulfadiazina (cotrimazina) no tratamento de otites e amigdalites agudas / Evaluation of efficacy and tolerabilit of trimethoprim- sulphadiazine combination (cotrimazine) in the treatment of acute otitis and tonsillitis

Foram tratados 30 pacientes com diagnóstico de otite média aguda (14 casos) ou amigdalite aguda (16 casos), com a associaçäo de trimetoprima e sulfadiazina, durante 10 dias. Os resultados avalidados clinicamente revelaram-se excelentes em 23 casos (76,6%) e bons em 7 casos (23,3%). A tolerabilidade da associaçäo foi muito boa, havendo 3 ocorrências de reaçöes adversas leves. Conclue-se que a cotrimazina é uma associaçäo eficaz e bem tolerada e que merece entrar no arsenal terapêutico destas patologias

Estudo duplo-cego comparativo sobre a influência das enzimas proteolíticas na concentraçäo da tetraciclina no tecido amigdaliano / Double-blind comparative study on the influence of proteolytic enzymes in the tetracycline concentration in tonsils tissue

Estudaram-se as diferenças de concentraçäo da tetraciclina no plasma e no tecido amigdaliano, quando administrada isoladamente ou associada a tripsina e quimotripsina, em 40 pacientes submetidos à amigdalectomia. Os resultados mostraram que tanto o nível de concentraçäo no plasma como no tecido amigdaliano foram superiores quando a tetraciclina estava associada às enzimas proteolíticas

Estudo duplo-cego, comparativo, sobre a disponibilidade sanguínea e em tecido amigdaliano da ampicilina trihidratada sob forma isolada e em combinaçäo com tripsína e quimotripsina / Controlled and double-blind study on blood and tonsil tissue bioavaibility of trihydrated ampicillin under isolated form and in combination with trypsin and chymotrypsin

Avaliaram-se em 50 pacientes os níveis sangüíneos e amigdalianos da ampicilina trihidratada administrada sob forma isolada e em combinaçäo com a tripsina e quimotripsina. Os resultados mostraram que: 1) em ambos os grupos os níveis sangüíneos foram sempre superiores aos teciduais; 2) com exceçäo da 1ª dose, todos os demais níveis séricos da ampicilina associada às enzimas foram superiores aos da ampicillina isolada; 3) todos os níveis teciduais da ampicilina com enzimas foram superiores aos da ampicilina isolada; 4) tanto os níveis séricos como teciduais da ampicilina com enzimas mostraram concentraçäo bem acentuada no tempo de 4 horas. Conclui-se que a associaçäo da ampicilina com as enzimas tripsina e quimotripsina deverá ser mais útil no tratamento de infecçöes amigdalianas do que a ampicilina isolada

Astemizol em rinite alérgica perene: comparaçäo duplo-cega com meclastina / Astemizole in perennial allergic rhinitis: double-blind comparison with meclastine

O astemizol, novo anti-histamínico bloqueador específico dos receptores H1, foi comparado à meclastina, em estudo duplo-cego e randomizado, em 40 pacientes adultos portadores de rinite alérgica perene. O astemizol foi administrado em dose única diária de 10mg, enquanto que a meclastina foi tomada na dose de 1mg duas vezes ao dia. O estudo teve duraçäo total de quatro semanas. A evoluçäo dos sintomas analisados (espirros, secreçäo e obstruçäo nasais, prurido no nariz e olhos e lacrimejamento) mostrou queda estatisticamente significante da intensidade dos mesmos, já a partir da 1ª semana de tratamento, tanto para o grupo astemizol quanto ao da meclastina, com exceçäo de obstruçäo nasal, cuja melhora foi significante após duas semanas de tratamento no grupo astemizol e somente após quatro semanas do tratamento no grupo meclastina. Da mesma maneira, analisando-se os diários dos pacientes, näo se observou diferença estatisticamente significante entre os grupos (testes de Mann-Whitney bicaudal), apesar de que a partir do 9§ dia de tratamento, o grupo astemizol apresentou médias baixas que o grupo meclastina. A tolerabilidade a ambas as drogas foi considerada boa, sendo as reaçöes adversas de graus leve ou moderado, de desaparecimento espontâneo

Uso do Piroxicam supositório no pós-operatório de pacientes submetidos à amigdalectomia / The use of piroxicam suppository in the postoperative of patients subjected to tonsillectomy

Avaliou-se a eficácia e tolerabilidade do Piroxicam, sob a forma de supositório 20mg, no pós-operatório de 26 pacientes adultos submetidos à amigdalectomia, todos tendo como patologia básica à amigdalite crônica. O período de tratamento foi de 5 - 7 dias e a posologia foi de 40mg (1 supositório de 20mg a cada 12 horas) nos dois primeiros dias e 20mg (1 supositório) nos dias subsequentes. Do ponto de vista clínico houve uma reduçäo significativa (p <0.01) em todos os parâmetros estudados: dor local, otalgia, dor à deglutinaçäo e edema local. A avaliaçäo global evidenciou resultado excelentes e bons em 24 pacientes (92.4%). A irritaçäo local foi a única reaçäo adversa, ocorrendo em 2 pacientes, sendo de grau leve em um e moderaçäo noutro. Concluiu-se que o piroxicam, sob a forma supositório, produziu um efeito analgésico e antiinflamatório significativo, sendo uma droga de escolha no tratamento sintomático da dor e inflamaçäo no pós-operatório de pacientes submetidos à amigdalectomia